terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quando games deveriam permanecer como são


Não é segredo que Hollywood sempre se aproveitou do sucesso de outros para ganhar mais dinheiro. Transformar HQs, livros, peças de teatro e musicais em longas metragens é de praxe todo ano. Mas quando os projetos são absurdos o ideal seria que os fãs fossem às portas dos estúdios para jogarem pedras em quem teve a idéia, nesse caso Jonh Davis, o produtor de Eu, Robô e Alien Vs. Predador.

A última grande idéia foi trazer o jogo de maior sucesso dos anos 80, The Sims, para as telonas, previsto para agosto de 2009. Nesse game de simulação o jogador cria um personagem e o ajuda a resolver problemas de seu cotidiano, como arrumar uma promoção no trabalho, ao mesmo tempo em que mantém a casa em ordem. As diversas expansões lançadas após o sucesso do game fizeram com que os fãs fossem a loucura.

No filme, um garoto e alguns amigos conseguem colocar as mãos em uma dessas expansões, a The Sims Infinity Pack. Depois de algum tempo jogando os garotos reparam que suas ações no jogo interferem no mundo real. “Além das mudanças na realidade, um dos personagens do jogo pode sair do jogo”, disse Davis em uma entrevista para um dos repórteres do canal E! no último dia 21.

Esse é o tipo de filme que vai fazer os fãs gritarem de raiva ou pularem de alegria. Eu particularmente não sou muito fã da idéia. Mas se nenhum homem aparecer preso ao redor de uma simples cerca de quintal, se urinar e depois morrer de fome para que a Morte em pessoa venha buscá-lo, então o filme não merece ter o nome The Sims.

sábado, 25 de outubro de 2008

A voz dos animais demorando a ser ouvida

Os maus-tratos contra animais são práticas antigas que duram até hoje. Não é difícil andar pelas cidades sem presenciar ou ficar sabendo a respeito desses atos covardes. Cães que são deixados presos por seus donos em correntes minúsculas sem proteção contra o sol, gatos envenenados por vizinhos e até mesmo lojas de animais que os mantém em gaiolas minúsculas. Diariamente a Delegacia do Meio Ambiente de São Paulo recebe por dia por volta de 12 denúncias de maus-tratos.

O princípio básico para quem adota um animal é conceder-lhe condições adequadas para que este viva sua curta vida de forma mais agradável possível. Mas quando o contrário acontece somente por que seu dono se cansou do animal é algo que chega a ser ultrajante. Quando não se tem mais condições de se cuidar de um animal, seja por razões financeiras ou outra qualquer, a coisa mais humana a se fazer seria encontrar um novo dono para o animal e não abandoná-lo ou mantê-lo em um canto da casa.

Alguns circos se utilizam de animais exóticos para entreter seus visitantes com truques e acrobacias. Mas o que esse público desconhece é o que acontece nos bastidores. O caso mais conhecido é o da gravação de um elefante, capturando ainda filhote, sendo domado. O vídeo em questão, assim como muitos outros, foi distribuído pela AILA, Associação Internacional dos Animais, que combate esses atos hediondos.

Mesmo assim os piores casos são aqueles que são de conhecimento do público, que simplesmente se senta e aproveita o show. As touradas na Espanha refletem bem esse ponto. O que eles chamam de esporte consiste em espetar o touro, que tem seus chifres serrados, com arpões para que ele sangre até a morte. Caso o animal sobreviva ele volta ao curral onde tem sua pele cortada para a retirada dos pedaços de metal alojados em seu interior. Todos esses procedimentos feitos sem anestésico algum.

O Brasil é o campeão de maus-tratos. O Estado de Santa Catarina pratica a festa que chamam de Farra do Boi. Nessa festa as pessoas se divertem ao colocar o touro para correr pelas ruas enquanto o espancam com pedaços de madeira, ferro ou com o que estiverem segurando no momento. O diretor do Ibama, Roberto Borges, chegou a visitar Santa Catarina, descobrindo que a prática não se resumia mais a Semana Santa, como era antigamente. Ele enviou um relatório sobre o assunto diretamente para Brasília, pedindo que alguma providência fosse tomada. Antes do caso ser arquivado foi cogitado um boicote contra o turismo da região como forma de pressão contra essa prática.

Quando nem mesmo o governo toma providencias a respeito desse assunto resta ao cidadão encontrar uma forma de ajudar. Ações como denunciar o agressor ou tomar o animal aos seus cuidados já são um começo. Agora é esperar e ver quantos mais animais vão ter de sofrer antes que as devidas providências sejam tomadas.