Oscar 2009

Tirando o fato da TNT ter feito o que mais abomino nesse tipo de apresentação (tradução simultânea; é o mesmo que você estar conversando com uma pessoa e outra chega e fica falando em seu ouvido) o evento até que foi OK.

O homem eleito como sendo o mais sexy do ano, Hugh Jackman, vem nessa entrega do Oscar, não como um dos indicados, mas como o principal aprensentador do envento. Logo no início ele surpreende com uma apresentação mais simples, referência à crise econômica. Hugh logo passa a dançasr e cantar no palco, mostrando os principais indicados da noite, entre eles Benjamin Button, Milk, Quem Quer Ser um Milionário?, Batman, O Leitor e Fros/Nixon (onde arrastou Anne Hathaway para cantar a seu lado).

Entre os outros apresentadores estavam também, Woopy Goldberg, Jessica Bial, Jack Black, Stevie Martin, Tina Fey, Jennifer Aniston, Sara Jessica Parker, Daniel CraigBen Stiller, Natalie Portman, Cuba Gooding Junior, Will Smith, Alicia Keys, Anthony Hopkins entre outros mais.

Hugh e Beyoncé ainda fizeram uma pequena homenagem ao retorno dos musicais, pelo fato de Mamma Mia ter vendido mais que Titanic. Entre os homenageados estavam Grease, Cantando na Chuva, Moulin Rouge e, claro, Mamma Mia. Zack Afrom e Vanessa Hudgens ainda fizeram uma pequena ponta para cantar High School Musical. A apresentação tebe um quê de New York na década de 50/60. Estiloso, mas ao mesmo tempo simples (eh crise...).

Uma premiação/homenagem merecida foi a de Heath Ledger, por sua atuação em The Dark Knight, onde sua família, vinda diretamente da Austrália, foi receber o Oscar. A Academia não gosta de entregar prêmios póstumos, mas não tinha como ser diferente. Diga-se de passagem, todos já sabiam que ele ia ganhar essa.

Visualmente falando, o evento encantou durante as apresentações musicais, principalmente nas músicas do filme Quem Quer Ser um Milionário?. Mas o que mais me chocou foi que neste ano, por incrível que pareça, os discursos foram bem diretos e sem muita demora, ficando dentro do horário estipulado. E eu que estava esperando uma cena cheia de choro e algum discurso de quatro minutos onde um funcionário precisa tirar a pessoa do palco. Mas o máximo que consegui foi uma Kate Winslet meio atrapalhada. Quem sabe no ano que vem?

Confira abaixo alguns dos vencedores desse ano:

Melhor Atriz Coadjuvante:
Amy Adams (Dúvida)
Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona) – Winner
Viola Davis (Dúvida)
Marisa Tomei (O Lutador)
Taraji P. Henson (O Curioso Caso de Benjamin Button)

Melhor Roteiro Adaptado:
O Curioso Caso de Benjamin Button, por Eric Roth e Robin Swicord
Dúvida, por John Patrick Shanley
Frost/ Nixon, por Peter Morgan
O Leitor, por David Hare
Quem Quer Ser Um Milionário?, por Simon Beaufoy – Winner

Melhor Direção de Arte:
A Troca
O Curioso Caso de Benjamin Button – Winner
Batman – O Cavaleiro das Trevas
A Duquesa
Foi Apenas Um Sonho

Melhor Maquiagem:
O Curioso Caso de Benjamin Button – Winner
Hellboy II – O Exército Dourado
Batman – O Cavaleiro das Trevas

Melhor Ator Coadjuvante:
Philip Seymour Hoffman (Dúvida)
Heath Ledger (Batman – O Cavaleiro das Trevas) – Winner
Robert Downey Jr. (Trovão Tropical)
Michael Shannon (Foi Apenas Um Sonho)
Josh Brolin (Milk – A Voz da Igualdade)

Melhor Efeitos Visuais:
O Curioso Caso de Benjamin Button – Winner
Batman – O Cavaleiro das Trevas
Homem de Ferro

Melhor Diretor
Danny Boyle (Quem Quer Ser Um Milionário?) – Winner
Stephen Daldry (O Leitor)
David Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Ron Howard (Frost/ Nixon)
Gus Van Sant (Milk – A Voz da Igualdade)

Melhor Atriz:
Anne Hathaway (O Casamento de Rachel)
Angelina Jolie (A Troca)
Meryl Streep (Dúvida)
Kate Winslet (O Leitor) – Winner
Melissa Leo (Rio Congelado)

Melhor Ator:
Frank Langella (Frost/ Nixon)
Sean Penn (Milk) – Winner
Brad Pitt (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Mickey Rourke (O Lutador)
Richard Jenkins (O Visitante)

Melhor Filme:
O Curioso Caso de Benjamin Button
Frost/ Nixon
O Leitor
Quem Quer Ser Um Milionário? - Winner
Milk – A Voz da Igualdade

Para ver a lista completa e para maiores detalhes sobre os filmes e sobre os indicados/vencedores acesse o site oficial do Oscar.

A TNT irá exibir a reprise do Oscar hoje mesmo, a partir das 19h30min, dessa vez com as merecidas legendas.

Traição por um bem maior

Realmente esse parece ser o ano dos remakes (Quarentena, O Dia em que a Terra Parou)e adaptações (O Curioso Caso de Benjamin Button, The Spirit, Watchmen). E hoje temos Sexta-Feira 13 e Operação Valquíria.

Em relação ao primeiro não cheguei a ir vê-lo, mesmo por gostar do gênero, pois já sabia como seria desde o começo. Optei pelo segundo filme por se tratar de um ocorrido que poderia ter levado o mundo a outro desfecho após a Segunda Guerra Mundial.

O filme original foi filmado na Alemanha em 2004, lançado diretamente na televisão local. Mas Hollywood ainda tinha que colocar seus dedos mágicos no roteiro, escalando atores mundialmente famosos, como Kenneth Branagh, Terence Stamp e Tom Cruise, para mostrar a última tentativa de assassinato de Adolf Hitler. O remake dirigido por Bryan Singer (X-Men e Supermen O Retorno), mostra como um grupo de oficiais do exército e civis alemães planejaram a morte do Führer.

O evento se passa no verão no dia 20 de julho de 1944 quando Hitler se encontrou com seus generais na Toca do Lobo (seu quartel general fortemente protegido na floresta da Prússia). Todo o plano foi composto pelo desgostoso tenente Klaus von Stauffenberg, que via o Führer como o causador da queda da Alemanha. Seus aliados na tarefa se encontravam em diferentes níveis do escalão do exército, indo de soldados a generais e controladoras de informações.

O filme mantém um clima tenso entre os envolvidos do plano, já que alguns o veem como uma forma de jogada política, enquanto os outros querem apenas o bem para o país, o que faz com que a primeira tentativa do plano seja desperdiçada. Mesmo sabendo que o plano deles não foi um sucesso é interessante ver o pensamento daqueles que juraram lealdade ao Führer, mas que com o passar do tempo viram quem ele realmente era.

De todos os remakes que foram lançados até agora nesse ano, esse é um dos que merece alguma atenção.

Nova infestação, mesmo vírus

A série de jogos Resident Evil (Biohazard, no Japão) fez um tremendo sucesso desde que foi lançado para o Playstation. As paisagens sombrias, corredores claustrofóbicos e lógico a trama por trás de uma indústria inescrupolosa logo cativaram os fãs de trash gore. Logo surgiram suas continuações, situadas em Raccon City e seus arredores, com mais personagens e mais cenários. Todos os que jogaram se imaginavam naquela situação onde a sobrevivência fala mais alto.

Mas quando a trilogia de filmes estrelados pela atriz Mill Jovovich chegou aos cinemas o encanto pelos zumbis da Umbrella Corp. começou a desaparecer. O segundo filme ainda retratou bem a cidade de Raccon, mas o pior foi ver Nemesis ser enfrentado a base de golpes de artes marciais e ainda no final dar uma de bom samaritano. O terceiro então foi a queda suprema.

Quando tudo parecia perdido, pelo menos nas telonas, a Capcom consegue reviver a série original com o filme feito completamente em CG (computação gráfica) Resident Evil Degeneration. A história se passa sete anos após os ocorridos nos dois primeiro jogos, após a queda da Umbrella devido a revelação de suas verdadeiras intenções. O filme traz de volta Leon S. Kennedy e Claire Redfield em mais uma infestação causada peo T-Vírus, dessa vez em um aeroporto em algum lugar dos EUA.

Assistir ao filme é como assistir as cenas de ação do jogo Resident Evil 4. A trama consegue prender a atenção mais do que os filmes com os atores de carne e osso, mesmo tendo apenas 1h36min. No decorrer da história ainda surge mais uma vez o temido G-Vírus, que criou o monstro Tyrant no jogo.

O filme pode ser encontrado nas lojas em DVD e em Blue-Ray, contendo algumas horas de extras e uma prévia do jogo Resident Evil 5. Esse vale a pena de ter na coleção ao lado dos jogos. Detalhe, essa história não vai se transformar em jogo para Playstation, somente para celulares Nokia NGage, uma pena.

Grammy Awards 2009

A maior premiação da música norte americana, o Grammy Award, terminou há alguns minutos. Dei graças que foi apresentado pelo canal Sony e por isso não teve aquela irritante tradução em tempo real. Você não sabe se presta atenção nos comentários idiotas ou na tradução meio atrasada... Bem, o evento em si ficou muito bem elaborado, com direito a apresentadores bem distintos, como Morgan Freeman, Queen Latifah, Jack Black, Whitney Houston, Lee Ann Rimes, The Rock e Blink 182 anunciando que vão voltar a gravar juntos. Paul Portnow , presidente da Academia, também discursou, lembrando o público que Barack Obama também é um deles (pelo fato de ter recebido um Grammy ainda em sua época como senador).

Mas o que realmente importa nesse dia são as apresentações ao vivo dos indicados. E com certeza as músicas apresentadas vão ficar por um bom tempo nos aparelhos de MP3 dos fãs. E caso não conheça alguns dos indicados, procure ouvir umas de suas músicas, às vezes você acaba gostando e virando um fã.

Entre as tantas apresentações do evento, que durou pouco mais que três horas (pelo menos na televisão), estavam U2, Justin Timberlake, Al Green, Coldplay, Taylor Swift ao lado de Miley Cyrus, Carrie Underwood, Kid Rock, Adele, Paul McCartney, Jonas Brothers, Katy Perry, Sugarland, Radiohead entre outros mais.

Confira abaixo alguns dos prêmios entregues este ano:

Melhor Álbum R&B:
Eric Benét – Love & Life
Boys II Men – Motown: A Journey Through Hitsville USA
Al Green – Lay It Down
Jennifer Hudson – Jennifer Hudson (winner)
Raphael Saadiq – The Way I See It

Melhor Performance Country Para Dupla ou Grupo:
Brooks and Dum – God Must Be Busy
Lady Antebellum – Love Don’t Live Here
Rascal Flatts – Every Day
The Steel Drivers –Blue Side of the Mountains
Sugarland – Stay (winner)

Música do Ano:
Estelle e Kanye West –American Boy
Adele – Chasing Pavement
Jason Mraz – I’m Yours
Sara Bareilles – Love Song
Coldplay – Viva La Vida (winner)

Melhor Colaboração Pop:
Alicia Keys e Jon Mayer – Lesson Learned
Justin Timberlake, Madonna, Timbeland – 4 Minutes
Robert Plant & Allison Krauss – Rich Woman (winner)
Rihanna e Maroon 5 – If I Never See You Face Again
Jordin Sparks e Chris Brown – No Air

Melhor Álbum de Rock:
Coldplay – Viva La Vida or Death and All His Friends (winner)
Kid Rock – Rock and Roll Jesus
Kings of Leon – Only By Night
Metallica – Death Magnetic
The Raconteurs – Consoler of the Lonely

Artista Revelação:
Adele (winner)
Duffy
Jonas Brothers
Lady Antebellum
Jazmine Sullivan

Gravação do Ano:
Adele – Casing Pavement
Coldplay – Viva La Vida
Leona Lewis – Bleeding Love
M.I.A. – Paper Planes
Robert Plant & Allison Krauss – Please Read the Letter (winner)

Performance Masculina Pop:
Kid Rock – All Summer Long
Jon Mayer – Say (winner)
Paul McCartney – That Was Me
Jason Mraz – I’m Yours
Ne-Yo – Closer
James Taylor – Wichita Lineman

Melhor Álbum Rap:
Jay-Z – American Gangster
Lil Wayne – Tha Carter III (winner)
Lupe Fiasco – The Cool
Nas – Nas
T.I. – Paper Trail

Álbum do Ano:
Coldplay – Viva La Vida or Death and All His Friends
Lil Wayne – Tha Carter III
Ne-Yo – Wear of the Gentlemen
Robert Plant & Allison Krauss – Raising Sand (winner)
Radiohead – In Rainbows


Para ver a lista completa dos indicados e dos vencedores de cada categoria, visite o site oficial do Grammy.

E quem não assistiu a apresentação pelo fato de não ter legendas não precisa se preocupar, pois o canal Sony vai reprisar no próximo domingo, dia 15, dessa vez com legendas.

Pesquisa sobre gays e nova comissão GLBT

Pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo concluiu que o índice de rejeição em relação à população GLBT se equivale ao mesmo índice associado a ciganos, prostitutas e ex-presidiários. Foram ouvidas mais de 2.014 pessoas de 150 municípios brasileiros, onde a maioria associou gays a promiscuidade.

Entre os dados coletados pelos pesquisador foi possível descobrir que 29% são homofóbicos com travestis, 28% não suportam transexuais, 27% não toleram lésbicas e bissexuais e 26% não conseguem ver dois homens juntos. Números interessantes se for considerado que o Brasil possui uma grande concentração de GLBTs. São Paulo chegou a receber 1,5 milhão de pessoa na Parada Gay de 2004.

Além dessas informações, uma chama mais a atenção: 24% dos entrevistados não acredita que gays necessitem de qualquer tipo de proteção da justiça.

Mas vamos agradecer aos santos que a justiça não dá ouvidos a esse tipo de pessoa. No dia 6 de fevereiro, a partir de uma idéia da presidente da Comissão dos Direitos da Mulher da OAB, Ana Lúcia Ricarte, a OAB de Mato Grosso criou a Comissão de Diversidade Sexual. O principal objetivo é combater o preconceito e a discriminação contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais no campo jurídico, tendo em vista que o Brasil é um dos países onde mais se mata GLBTs.

As leis estão aí, mas poucos tem conhecimento delas. Vítimas de preconceito acabam sofrendo em silêncio por falta de informação ou mesmo por apoio de conhecidos. Se cada um fizer sua parte o mundo pode mudar antes mesmo do que podemos imaginar.